Desde que aumentaram casos do coronavírus no Brasil, especialistas recomendaram isolamento social para o máximo de pessoas possível. Diversas empresas decretaram home office e centenas de eventos foram cancelados em todo o País, em um esforço de conter aglomerações e diminuir o contágio do vírus, que já infectou ao menos 2.271 brasileiros até então.
Enquanto há um receio quanto a rotação da economia, com projeções de retração expressiva em 2020, um setor em particular tem sido ainda mais alavancado pela quarentena voluntária destas e das próximas semanas: os aplicativos de delivery. Entre aqueles que estão ou ficarão isolados em casa, aplicativos de delivery de refeições e alimentos têm sido uma opção para evitar idas aos supermercados e restaurantes.
O aplicativo de delivery Rappi informou ao HuffPost Brasil que registrou nas últimas semanas um aumento de 30% no número de pedidos, principalmente em restaurantes, supermercados e farmácias. Para assegurar a segurança da comida entregue, a Rappi também atualizou diversos protocolos dos entregadores parceiros. O primeiro foi incentivar pagamento via aplicativo, para que diminua o contato na hora da entrega. A empresa também disponibilizou álcool 70% e panos desinfetantes aos entregadores.
Outra decisão, mais drástica, foi o lançamento da opção “entrega sem contato”, na qual o consumidor pode pedir ao entregador para deixar o pedido na porta ou portaria da residência e se afastar por 2 metros, para evitar a proximidade ou qualquer contato com o motociclista.
Essa opção também foi adotada pelo Uber Eats. Em sua cartilha de recomendações aos entregadores e novos recursos contra a covid-19, a plataforma informa que os clientes poderão informar como querem receber os pedidos. Os usuários podem enviar uma instrução aos entregadores pedindo para que eles deixem o pedido na porta.
O iFood informa que também está testando entregas com menor contato. A plataforma já disponibiliza a opção “entrega sem contato”, que pode ocorrer tanto entre consumidores e entregadores, mas também entre entregadores e funcionários de restaurantes. Além disso, a empresa está reforçando as recomendações do Ministério da Saúde aos seus consumidores, entregadores e restaurantes parceiros. Foram enviados comunicados informativos, em que se reforçam as boas práticas e medidas preventivas.
Não evidência de transmissão por alimentos
De acordo com as diretrizes da autoridade sanitária europeia European Food Safety Authority (EFSA), atualmente não há “nenhuma evidência de que alimentos podem ser fontes ou rotas de transmissão do vírus”. “Experiências com surtos anteriores de outros coronavírus, como o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave e coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio, mostram que a transmissão pelo consumo de alimentos não acontece. No momento, não há evidências que sugiram que o novo coronavírus seja diferente”, disse a cientista-chefe da EFSA, Marga Hugas.
O comunicado da EFSA ressalta ainda que, apesar de a infecção provavelmente ter começado a partir de animais na China, o vírus é transmitido de pessoa para pessoa, através do contato físico, gotículas de saliva, espirros e tosse.
Com restaurantes vazios, delivery é a solução
Com salões vazios, restaurantes já começaram a investir em entrega de comida. Para isso, a atenção à higiene precisa estar redobrada com a adoção de medidas complementares, como a disponibilização do álcool em gel aos entregadores e o reforço na utilização de utensílios e apetrechos de serviço antes e após cada uso.
A equipe de cozinha, assim como os colaboradores, também devem receber as orientações de conduta, como a higienização constante tanto das mãos, quanto dos objetos em comum, como máquina de cartão eletrônico, porta-contas e cuidado com a manipulação de cédulas de dinheiro.
Com a baixa frequência presencial, uma boa iniciativa é ampliar a oferta em delivery. Oferecer promoções e combos, aumentar a produção de congelados e contratar mais entregadores.
Mídias sociais e divulgação dos serviços
Caso o empreendedor não tenha perfis empresariais nas redes sociais, esse é o momento. A internet é uma ferramenta fundamental para divulgação dos serviços e produtos, o que facilita, de maneira rápida e com baixo custo, o contato com o público.
Além das redes sociais, uma alternativa é colocar na fachada do estabelecimento uma placa ou banner de divulgação dos meios de contato para encomendas e atendimento para os consumidores, indicando taxas de entrega e demais informações.
Crise
Na última segunda-feira (16), o presidente da Abrasel, associação de bares e restaurantes do Brasi, Paulo Solmucci Jr., conversou com integrantes do governo federal e fez reivindicações para o setor. “O setor de bares e restaurantes vai merecer um apoio especial que vai ser estudado, e a gente está bastante animado com essa possibilidade”, disse o presidente da Abrasel.
Solmucci disse que o setor de bares e restaurantes está sendo fortemente afetado pela crise e estimou que os próximos três meses serão mais difíceis. Ele afirmou ainda que o fechamento de bares e restaurantes no âmbito do enfrentamento ao coronavírus, já orientado em estados brasileiros, representaria “um colapso”.
Toda crise traz oportunidade
O influenciador digital/financeiro Thiago Nigro, também conhecido com O Primo Rico, disse em seu podcast "Como gerir negócios durante a crise" que o coronavírus vai fazer duas "grandes contribuições": "Primeiro vai mostrar para as empresas que o home office é algo eficiente para muitas delas. Tanto em economia de despesa quanto em eficiência de qualidade para o trabalhador. A segunda coisa é que a gente vai descobrir que não precisa ir ao supermercado porque ele pode vir até a gente. Essa mudança deve acelerar agora, porque muitas empresas dependem de vendas só em Shopping, que vão precisar fechar por um momento. E aí? Você precisa ter um diversificação. As empresas precisam se preocupar com fluxo de caixa, reserva de caixa e canal de vendas digital".
Entre as aprendizagens para tempos de crise, o primo destacou dicas como a necessidade de "adaptar-se e adaptar-se novo". Temos o "privilégio" de acompanhar o que está acontecendo em outros países e assim podemos nos antecipar, cientes de que, "normalmente os segmentos que têm venda direta para consumidor e não tem uma presença digital vão ter o impacto maior".
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Com informações: Huffpostbrasil e PrimoCast
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